O processo de envelhecimento pode ser um desafio que requer ajuda profissional. No Blog Miminho aos Avós hoje serão exploradas diferentes questões a respeito dos cuidados de enfermagem na população idosa.
A sociedade enfrenta, na atualidade, um fenómeno de envelhecimento progressivo da população, com o aumento da longevidade, o que coloca novas exigências e desafios aos sistemas de saúde dos diferentes países.
Com o aumento da esperança média de vida, os profissionais de saúde, onde se incluem os enfermeiros, têm a oportunidade de potenciar a complexidade da sua prática na área dos cuidados de saúde. É importante garantir que esta longevidade é sinónimo de qualidade de vida, e os enfermeiros assumem um papel fundamental nesse paradigma.
A enfermagem preconiza uma prestação de cuidados de qualidade aos utentes, de modo integral numa perspetiva holística da sociedade, em que são desempenhadas atividades de promoção da saúde e prevenção da doença, tratamento e reabilitação.
Esses cuidados de enfermagem no idoso deverão considerar as dimensões biológicas, psicológicas, sociais, económicas, culturais e políticas do envelhecimento, o que proporciona várias respostas às necessidades dos idosos e das suas famílias, dando, também, visibilidade aos cuidados, prestados em diferentes contextos, assumindo-se como cuidados multidisciplinares e multidimensionais.
Desta forma, o enfermeiro deverá identificar as necessidades de cuidados de cada idoso, estabelecendo prioridades no cuidado, ao mesmo tempo que formula diagnósticos de enfermagem, planeia e executa intervenções de enfermagem dirigidas e personalizadas às caraterísticas de cada idoso, nos parâmetros individual, social e cultural, e dos seus cuidadores.
Concretamente, o enfermeiro deve saber identificar mudanças no comportamento e intervir de modo a criar rotinas com precauções de segurança, adaptação do ambiente, promoção de exercícios físicos e de estimulação cognitiva.
Além disso, deverá orientar, caso seja responsável por outros profissionais, sobre os cuidados relacionados com a alimentação, higiene, mobilidade e hidratação, incentivando o autocuidado e auxiliando, também, o utente na aceitação da dependência nas tarefas domésticas, uso de transportes, entre outro.
A promoção da autoestima, o acompanhamento do tratamento fármaco-terapêutico do paciente idoso para garantir a correta administração dos medicamentos e o favorecimento do esclarecimento de dúvidas são outras das áreas de atuação dos enfermeiros.
Assim, o enfermeiro torna-se executor, cuidador, terapeuta, supervisor, conselheiro, educador e pesquisador do utente e da família do idoso.