Em Portugal o Serviço de Apoio Domiciliário (SAD) teve um crescimento muito acentuado nas duas últimas décadas. De um registo de 15 serviços em 1974, passaram para mil duzentos e oitenta e oito em funcionamento em 1998 (Martins, 2000).
Em finais de 1999, através do despacho normativo n.º 62/99, foram aprovadas as normas que regulam as condições de implantação, localização, instalação e funcionamento deste serviço.
Segundo este despacho o Serviço de Apoio Domiciliário é uma resposta social que consiste na prestação de cuidados individualizados e personalizados no domicílio a indivíduos e famílias quando por motivo de doença, deficiência ou outro impedimento não possam assegurar temporária ou permanentemente a satisfação das necessidades básicas e ou atividades da vida diária.
Os objetivos gerais do Serviço de Apoio Domiciliário são: contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas e famílias; prevenir situações de dependência e promover a autonomia; prestar cuidados de ordem física e apoio psicossocial aos utentes e famílias, de modos a contribuir para o seu equilíbrio e bem-estar; apoiar os utentes e famílias na satisfação das necessidades básicas e atividades da vida diária e colaborar e ou assegurar o acesso à prestação de cuidados de saúde.
O Serviço de Apoio Domiciliário deverá proporcionar condições de bem-estar, vivência saudável no meio e uma participação ativa na vida social. O facto de a pessoa ou família permanecer no domicílio visa facilitar uma vida normal e integrada no meio de vida habitual, diminuindo assim as situações de isolamento. Por outro lado, retarda a admissão noutras respostas destinadas a idosos, como lares e residências (Martins, 2000).
Esta medida de apoio social formal é defendida e prioritária pela política social atual em relação às pessoas idosas uma vez que se enquadra totalmente nos princípios orientadores de apoio social às pessoas idosas e também é a resposta que a grande maioria das pessoas idosas deseja.
Ao longo dos tempos os idosos vão perdendo progressivamente a sua independência, necessitando cada vez mais de ajuda de terceira pessoa.
Sendo a família a primeira instituição a que normalmente recorremos para garantir o suporte necessário à “reinserção e reabilitação” social do doente, torna-se necessário criar mecanismos, aperfeiçoar e profissionalizar o contacto e atendimento às famílias, de modo a conseguir-se a sua colaboração e envolvimento.
O papel do Assistente Social, integrado na equipa de SAD, tem como objectivo contribuir para a humanização dos serviços de saúde, primando pela sua qualidade e satisfação dos clientes, e ainda participar ativamente na definição, formulação, promoção e efetivação das políticas da saúde. São tarefas do Assistente Social coordenar a equipa de apoio domiciliário, avaliar o desempenho profissional da equipa, tendo em conta as suas necessidades, no sentido de promover o bem-estar dos seus clientes, e optimizar continuadamente os recursos para ir ao encontro das necessidades psicossociais dos idosos e das suas famílias.