A percentagem de doentes que recorre ao médico por problemas de incontinência comparada com a percentagem dos que se auto-medicam ou auto-protegem é de apenas 10%, o que é grave, visto que hoje dispomos de armas terapêuticas capazes de curar ou controlar a maior parte das situações. Por este motivo, os doentes devem procurar ajuda e perceber que a incontinência urinária corresponde a uma situação clínica com tratamento, sobretudo se abordada na fase inicial.
O tratamento cirúrgico desempenha um papel preponderante na incontinência urinária de esforço, tanto na mulher, como no homem. A cura da incontinência urinária de esforço é possível em cerca de 90% dos casos.
Na incontinência urinária por imperiosidade a taxa de sucesso dos antimuscarínicos (tratamento de primeira linha, cuja acção estabiliza o músculo vesical - o detrusor - inibindo a sua contracção involuntária) situa-se nos 80%.
As alterações comportamentais necessárias, principalmente na incontinência por imperiosidade, passam por um controlo da ingestão de líquidos, a exclusão de alimentos excitantes para a bexiga, como por exemplo a cafeína, a micção temporizada ou a micção diferida, consoante a gravidade da doença e a autonomia do doente.